Não foi pouco… 92 anos de vida foi uma época que permitiu a Humberto Maturana ver uma parte importante dos grandes eventos que mudaram nosso mundo hoje durante o século passado e este. As tecnologias, a cultura, o modo de vida mudaram e ele estava constantemente refletindo e compartilhando contribuições valiosas da ciência e da intelectualidade para que pudéssemos colocar o foco na vida, em nossa humanidade e na maneira como nos relacionamos com aqueles ao nosso redor e com nós mesmos.
Hoje, 6 de maio de 2021, em meio à pandemia global da COVID-19 e aos 92 anos de idade, falece o filósofo, biólogo, vencedor do prêmio nacional de ciência e o homem que cunhou o tão elogiado conceito de “autopoiesis”, como ele mesmo disse há pouco tempo, como parte natural do ciclo biológico.
Suas contribuições são muitas, não apenas aquelas que ele fez diretamente, mas também todas aquelas que, com base em suas reflexões, pesquisas e contribuições, foram um apoio para outros pensadores e o enriquecimento de diferentes visões do ser humano e da evolução.
Pessoalmente, tive o prazer de ouvi-lo em muitas ocasiões em universidades e convenções, sempre lúcido, crítico, mas ao mesmo tempo esperançoso de que podemos fazer uma mudança.
Hoje, no dia de sua partida, minhas condolências aos seus entes queridos e minha gratidão por uma vida indelével que deixa traços, contribuições e reflexões que são herdadas e transcendidas.
Obrigado por sua vida, Humberto Maturana.